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domingo, 1 de maio de 2011

Definições


      E a verdade é que eu nunca gostei muito de ser definida, hora porque me sentia limitada, e hora porque as definições eram completamente distorcidas da realidade.
     No entanto meu jeito de ser, sempre foi um convite aberto para que as pessoas me encaixasse em determinadas padrões, e esse fato faz com que hoje eu já saiba em qual estereótipo determinadas pessoas me encaixam, e hoje também posso dizer que já não ligo muito pra isso...
     No entanto em uma dessas sextas-feiras de 2011, intituladas por mim como os dias das surpresas, alguém me definiu assim: "Insanamente emotiva" posso dizer que foi a definição mais clichê que recebi, mas foi ao mesmo tempo a mais verdadeira, não há como negar, qualquer um que me conheça relativamente sabe, porque não é como se eu me alimentasse de emoções porque eu sei que isso se aplica a todos os seres humanos, mas é como se eu externasse cada sentimento experimentado, no calor do momento vivido, não apenas para aqueles que me são caros mas a qualquer um que esteja próximo, o que vira e mexe me causa grandes confusões, seja pelo fato de não ser compreendida, ou pelo fato de alguns se aproveitarem mesmo da situação, ponto em que chegamos ao insano, e não posso dizer que me preocupei com o fato das minhas emoções serem tão evidentes, faz tempo que eu sei, e faz tempo que não me incomodo, como diz uma querida amiga, no pior dos casos penso que ninguém paga minhas contas, e no fim terminei mesmo foi por me deleitar com essa definição.
      Só que ainda não consegui parar de pensar que para tanta gente, ser aquilo que se é com clareza, expor seus sentimentos sem medos é considerado loucura, loucura daquelas graves, de não saber como agir, se com desconfiança, afinal será  possível que alguém seja realmente assim? ou com preocupação, afinal talvez seja algum distúrbio hormonal, como já ouvi muitas vezes, a maioria dos seres que conheci relativamente se dividem nesses dois grupo, ah e ainda não posso esquecer dos descrentes que procuram a fonte de aguá que eu bebo pra ser assim, geralmente me idealizam e eu corro de gente que me idealize, simplesmente porque não gosto de visões distorcidas como eu disse no começo, lembra? me incomodam sobremaneira, mas para questões de curiosidade não vivo sozinha,  alguns mais "loucos" que eu com o tempo perdem interesse pelo objeto de pesquisa e se acostumam....
    Mas mesmo assim não consigo parar de pensar que estamos tão sufocados pelos medos, que escondemos aquilo que sentimos, afinal onde colocamos o medo de sofrer, perder e ser motivo de chacota?  Fico observando e vejo um tanto de pessoas se comportando com forme a norma, daquelas que dizem não confie em ninguém, as paredes tem ouvidos, não demonstre o que se sente afinal nunca se sabe, daquelas que com o tempo se acostumam a levar a vida assim em banho-maria como dizia minha avó. E depois sou eu que preciso de médico, depois eu que sou louca...
     Enfim não sou medica, mas os anos de experiência me fornecem base para diagnosticar esse mal congênito, aviso de antemão não há cura, e de acordo com as pesquisas realizadas não parece ser contagioso. =D

                                                                                          com carinho 
                                                                                                       Fabi 

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