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terça-feira, 18 de setembro de 2012

 

Ainda sinto, no corpo e na alma, o meu passado, não tão distante assim, e isso não quer dizer que eu  sou do tipo de pessoa que deixa de viver o presente para apenas viver de lembranças, cedo aprendi que se insistirmos em permanecer em situações que por algum motivo se acabaram estamos nos privando de viver outras coisas tão boas quanto o que já se passou, por mais difícil que seja como diria o poeta sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. 

No entanto, não é isso que tem me assombrado ultimamente. O que tem me causado sobressaltos é o fato de que mudaram-se os tempos e o lugar mas a situação que me encontro é a mesma apenas com pessoas diferentes. Certa vez, li um trecho de Caio Fernando Abreu que dizia que "não é verdade que as pessoas se repitam. O que se repetem são as situações, inúmeras vezes" e ainda para minha locura acrescentou "e você sabe que qualquer situação que nos acontece é por nossa culpa. principalmente quando elas se repete muitas vezes." concluindo com uma sabedoria que ao mesmo tempo que me acalma me pertuba que "Tudo o que acontece à gente é uma mera consequencia daquilo que se fez(ou faz)".

Pois bem, aqui estou cara a cara com a mesma situação de tempos atrás sem saber exatamente o que fazer, se por um lado o coração palpita forte dizendo que a semelhança do inicio não me reserva o mesmo fim, do outro a razão diz que eu já conheço os passos dessa estrada e que cabe a mim agora utilizar do conhecimento que eu já tenho para evitar futuros desgostos. E eu nessa encruzilhada me pergunto como suportar a responsabilidade de meio saber e apenas me deixar guiar por instintos, perdendo o meu precioso tempo para evolução? Mas ao mesmo tempo também como aguentar a curiosidade de saber que fim me espera nesta estrada bordada com os tons do passado em pleno presente? 

Enfim, com tudo isso sabe qual minha conclusão? Que não somos livres, somos prisioneiros de nossas escolhas, por isso temos tanto receio em faze-las, sempre que precisamos escolher deixamos de ser apenas um ser mas nos tornamos mil, cada um buscando ponderar da melhor forma a situação.

Que caminho escolherei? Eu ainda não sei, apenas procuro me lembrar que a falta de escolha também é uma escolha, e via de regra a pior delas, visto que resulta da falta de coragem da nossa parte, mas enfim tenho pedido em prece como Caio me ensinou que seja qual for o caminho "Que seja Doce" .

                                                                                                                        Com carinho,     Fabi   

                                                                                  

 

A gente descobre o quão encrencado está quando todos os pensamentos que habitavam a nossa mente se esvaem durante um olhar...